Se o amor quiser voltar...
O que terei para lhe contar?
A tristeza das noites perdidas,
do tempo vivido em silêncio.
Qualquer olhar lhe vai dizer,
que o adeus me faz morrer.
E eu morri tantas vezes na vida...
Mas se ele insistir...mas se ele voltar...aqui estou, sempre a esperar.
Só eu sei da minha tristeza.
Só eu sei da minha dor.
Só eu sei da minha verdade que não se esconde, para agradar a ninguém.
Só eu sei da dificuldade que é caminhar depois de cair de um lugar tão alto.
E mesmo sangrando por dentro, resistir...resistir...e desistir.
Só eu sei como dói lembrar do que poderia ter sido e do que não será.
Só eu sei a força que tenho que fazer para de novo levantar...não tenho...porque amo.
Só eu sei que te amo...
Só eu sei e mais ninguém.
E afogo-me sozinho numa profunda tristeza...
Afogo-me.
A tua ausência faz me pensar,
Choro, lágrimas de saudade.
Saudade do que não vejo,
do que não toco...do que desejo.
Amor que provoca ilusão.
Mas nos momentos de solidão só vejo e sinto uma profunda desolação...
E á noite...
A noite torna-se tão longa, profunda, vazia e pensativa.
É nela que os meus pensamentos mais insanos, barulhentos e caóticos me atormentam.
Um misto de passado, futuro e incertezas que se reúnem para atormentar a tranquilidade frágil que se criam na minha mente.
A noite é longa, profunda, vazia e pensativa.
É nessa escuridão que a minha tristeza encontra abrigo, é nessa solidão que ela busca conforto e nesses pensamentos insanos que a loucura se aproxima da genialidade.
Uma genialidade louca, fugaz e imprecisa.
A noite é longa, profunda, vazia e pensativa.
É á noite que os pensamentos me perturbam com coisas vagas que jamais terão reposta satisfatória.
Coisas que somente ela percebe a imensidão que tem, que se torna profunda, em um profundo abismo que se atira e não se encontra o fim.
E assim, a noite segue longa, profunda, vazia e sem fim.
Revejo em fotos os teus olhos de menina e nas horas que esvaecem da longa noite que traz o conforto aparente do amanhecer.
A noite longa, profunda, vazia, pensativa dá lugar ao esclarecer:
Perdi-te...perdi-te de vez por entre estes meus dedos que ainda sentem o teu calor...a tua pele...os teus cabelos.
Tento fugir da escuridão...desta tristeza tão profunda que me persegue.
Eu era feliz quando o teu amor era meu mas agora só me restam lágrimas que impeço de caírem.
(Moonwisher)
Escrevo quando precisava de falar. Quando precisava de alguém para me ouvir.
Grito mudo...grito para dentro...grito para ninguém me ouvir. Grito em mim, para mim e apenas para mim.